Feliz Saudade
Sorriso de criança perdida no mato
É pura saudade às flores que ali já não crescem.
Vida serena, pé no chão, uma infância,
Distante do hoje, corrido e calçado.
Onde era selva de joaninhas e soldadinhos,
Só cimento e areia numa praça aos pedaços.
Nada acontecia com as mulheres nas calçadas,
Nada temiam as crianças agitadas,
Tudo duraria para sempre
Se o sempre não tivesse data certa pra acabar.
Pena que o canto dos bem-te-vis não se escuta tão ao
oeste.
Pena que mato já não existe na calçada.
Felicidade,
talvez, que, de todos os sentimentos, saudade resume melhor.
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