INTRODUÇÃO
Ao longo da história, sempre
existiram civilizações e seus padrões de estética e saúde. Com o passar dos
anos, percebe-se uma propagação de mentalidades muito ligadas ao bem estar
pessoal e saúde física das populações mundo a fora, que sofrem com males
decorrentes de seus hábitos e comportamentos diários. O que ingerem durante o
dia, se praticam esportes ou não, se vivem sob constante pressão são alguns dos
elementos estudados pelas ciências biológicas (medicina, biologia, química),
que a cada dia vêm buscando novas respostas e soluções para vários problemas
mundiais.
Foi pensando em orientar as pessoas
para que tivessem uma alimentação saudável e balanceada, que, em 1992, foi
criada a pirâmide alimentar por um grupo de cientistas norte-americanos do
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) como uma forma rápida e
fácil de estabelecer uma alimentação apropriada unida a frequentes exercícios
físicos.
A partir do que foi exposto acima,
desta dissertação irá expor o que vem a ser uma pirâmide alimentar, como é
dividida, quais são as principais características de cada um dos grupos e etc.
DESENVOLVIMENTO
Antes de iniciarmos com os tipos de
pirâmides e suas histórias, precisamos conhecer os critérios de divisão e as
principais características dos grupos alimentares.
Um alimento pode ser conter em sua
composição várias substâncias, sejam elas inorgânicas, encontradas dentro e
fora dos seres vivos, ou orgânicas, moléculas exclusivas dos seres vivos. E
assimos andares da pirâmide alimentar são determinados: de acordo com a função
do principal componente do alimento e com a porção diária sugerida para cada um
deles. Existem ao todo 8 grupos: Cereais, Hortaliças, Frutas, Leguminosas,Leites, Carnes e Ovos, Açúcares e Óleos.
Os Cereais são alimentos ricos em carboidratos, como arroz, milho,
trigo, aveia, pães, macarrão, farinhas, tubérculos e raízes (batata, mandioca,
inhame), etc.. Esses alimentos são considerados a principal fonte de energia
para o organismo e por isso devem ser consumidos em maior quantidade (5 a 9
porções por dia).
As hortaliças são os vegetais
folhosos e legumes, alimentos de fácil acesso à população, ricos em minerais,
vitaminas e fibras - nutrientes com funções reguladoras e indispensáveis ao
organismo. Encontra-se no 2º nível da pirâmide (juntamente com o Grupo das
Frutas), significando que devem ser consumidos em maior quantidade (4 a 5
porções por dia).
As frutas são alimentos reguladores,
ricos em fibras, vitaminas e minerais, e de fácil acesso à população. Devem ser
consumidas 3 a 5 porções de frutas diariamente e cada porção fornece cerca de
70 calorias, equivalendo a 1 laranja ou 1 maçã ou 1 banana, etc.
As leguminosas (feijões e outros
grão, como a soja e a lentilha) são responsáveis por uma importante
contribuição no fornecimento de proteínas à
população brasileira. A combinação entre cereais e leguminosas, nosso “arroz
com feijão” de todos os dias, oferece uma proteína de alto valor biológico, ou
seja, completa (contendo todos os aminoácidos essenciais).
Já os leites e derivados alimentos
com funções plásticas (estruturais, como formação de tecidos e proteínas),
ricos em proteínas, de fonte animal (leites e carnes) e vegetal (leguminosas).
Além de proteínas, o leite fornece cálcio, magnésio e vitaminas do complexo
B, merecendo especial atenção na dieta, principalmente das crianças e
gestantes.
O grupo das carnes e ovos é composto
por alimentos ricos em proteínas de fonte animal, além de ferro, zinco,
vitaminas. Também são alimentos que contêm grande quantidade de gorduras
saturadas e colesterol, o que restringe o seu consumo a 1 ou 2 porções por dia.
Chegando ao topo da pirâmide alimentar tradicional temos o Grupo dos Óleos e Gorduras que é composto por alimentos
muito calóricos, que devem ser consumidos com moderação (1 a 2 porções
diariamente).
Dividindo o topo com os óleos e gorduras, temos o Grupo dos
Açúcares e Doces, alimentos que devem ser consumidos com moderação (1 a 2
porções de cada grupo, diariamente), já que são ricos em energia (muito
calóricos).
Agora que já sabemos os
grupos que compõem pirâmides, vamos de fato estudá-la.
Os primeiros guias alimentares surgiram na década de 70
e, desde lá, surgem novos esquemas que organizam e distribuem os alimentos e
suas porções diárias de acordo com as necessidades de cada sociedade e com as
inovações científicas do ramo. A pirâmide alimentar surgiu com esse intuito e
ao longo dos anos foi aperfeiçoada, uma vez que a quantidade de calorias e
nutrientes pode variar entre populações, respeitando sempre seus hábitos,
culturas e disponibilidade de alimentos.
O primeiro tipo delas é a Pirâmide
Alimentar Norte-Americana (1992). Inicialmente, contava com apenas 6 grandes
grupos, repartidos em 4 degraus. Assim,
se incentivava o largo consumo de carboidratos variados, e se restringia a
ingestão de alimentos ricos em gorduras. Porém, os nutricionistas já sabiam há muito tempo que alguns tipos
de gordura são essenciais para a saúde e podem diminuir o risco de doenças
cardiovasculares. Além disso, os cientistas encontraram poucas provas de que o
maior consumo de carboidratos é benéfico. Logo esta pirâmide entrou em desuso e
houve a formulação de outras baseada nesta primeira, porém muitos mais
detalhadas e complexas.
A pirâmide norte-americana propunha a ingestão de: na base, carboidratos
dos mais variados tipos (6-11 porções diárias), legumes e verduras (3-5
porções), frutas (2-4 porções), leites e derivados (2-3 porções), carnes, ovos
e leguminosas (2-3 porções) e por fim, no topo, consumo moderado de óleos,
gorduras e doces.
O segundo tipo de
pirâmide é a Pirâmide Funcional, que apresenta uma grande diferença das suas
anteriores: a adoção de práticas de exercícios e controle do peso como base e
ponto primordial para uma vida saudável e mudanças quanto aos cereais
refinados, que encontravam-se na base da pirâmide passam a estar no topo,
prevalecendo a importância das fibras e outros nutrientes dos alimentos
integrais; e à carne vermelha e a manteiga estão também a fazer parte do topo
da pirâmide, devido à sua composição rica em gordura saturada. Mudanças essas
que faz com que, até o momento, nenhum órgão público de saúde brasileiro tenha
recomendado este tipo de pirâmide. A divisão de cada alimento e suas porções
ficaram da seguinte forma:
Na base, exercícios diários e controle
de peso. Seguindo-os temos
alimentos integrais, ricos em fibras, que devem ser consumidos na maioria das
refeições, e óleos vegetais, ricos em gorduras insaturadas. Vegetais em
abundância e frutas 2 a 3 vezes por dia são a próxima etapa. No 4º degrau,
temos as oleaginosas e leguminosas, que são alimentos ricos em vitaminas,
minerais e proteínas. No próximo andar estão as carnes brancas e ovos, que são
alimentos de alto valor biológico por possuírem aminoácidos essenciais. No 6º
degrau, temos a sugestão de
suplementação de cálcio, já que não é muito recomendado o consumo de
laticínios, por sua composição rica em gordura saturada. E no topo da pirâmide
temos manteigas e carnes vermelhas, por seu alto índice de gorduras saturadas e
ao lado, cereais refinados, umas vez que os criadores consideraram fibras e
alimentos integrais mais importantes dentro da dada alimentação.
Outro tipo de pirâmide é a Pirâmide de
Harvard, desenvolvida em 2005 pelo Departamento de nutrição da universidade de
Harvard, e sua principal diferença das outras é que as gorduras ganham
destaque, porém, as gorduras boas, provenientes de óleos vegetais e carnes de
peixe, ainda que apresente os exercícios como base indispensável para uma boa
saúde.
Na base, temos a prática de exercícios físicos diários e controle do peso.
No 2º andar, os carboidratos
integrais e óleos vegetais (azeite de oliva, óleo de girassol e linhaça). No
3º, encontram-se vegetais e frutas. Já no
4º andar, estão asleguminosas e oleaginosas (castanhas, amendoim, feijão, ervilha e grão-de-bico). No 5º degrau, encontram-se carne branca (peixe, frango) e ovos. Enquanto no 6º andar temos laticínios (leite e derivados) ou suplementos de cálcio, temos no 7º e último andar as carnes vermelhas, gorduras animais, carboidratos (arroz branco, pão branco, macarrão) e doces.
4º andar, estão asleguminosas e oleaginosas (castanhas, amendoim, feijão, ervilha e grão-de-bico). No 5º degrau, encontram-se carne branca (peixe, frango) e ovos. Enquanto no 6º andar temos laticínios (leite e derivados) ou suplementos de cálcio, temos no 7º e último andar as carnes vermelhas, gorduras animais, carboidratos (arroz branco, pão branco, macarrão) e doces.
Assim, como se pode perceber, existem inúmeros tipos de
pirâmides alimentares pelo mundo, cada uma mais adaptada a sua determinada
população. Por isso, em 1999, apesquisadora
Sonia TucunduvaPhilippi, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde
Pública da USP (Universidade de São Paulo) criou a pirâmide alimentar
brasileira, e em 2013, esta foi aperfeiçoada e complementada com outros
alimentos para melhor se enquadrar com as dietas e os hábitos culturais
brasileiros, contando com a redução do valor energético diário para 2.000 Kcal
e o fracionamento da dieta diária em seis porções.
Assim ficou dividida a pirâmide alimentar brasileira:
Nos
carboidratos destacam-se
a presença arroz, pão, batata, mandioca emassas, quando possíveis, integrais.
No andar seguinte temos frutas e legumes regionais, o que facilita o acesso ao
determinado alimento. Já no 4º andar, temos leites e derivados, carnes e ovos,
e os feijões e oleaginosas com destaque para os alimentos que possuam um menor
índice de gorduras saturadas. Por fim, no topo, temos as gorduras e óleos,
reduzidos para apenas uma porção por dia.
CONCLUSÃO
Após
a pesquisa e reflexão sobre o tema proposto nesta dissertação, o grupo pode
perceber o quão complexo é nosso sistema digestório e tudo o que acontece
quando nosso corpo está bem alimentado e saudável. Ainda que existam
divergências quanto qual é a melhor pirâmide alimentar por parte dos
cientistas, nós, a população civil, devemos nos policiar para que esta
crescente mentalidade saudável possa se instalar dentro da sociedade e que
assim possamos viver em um futuro diferente do atual, com muitos circuitos para
caminhadas pela cidade; gente comprando cada vez mais frutas em vez de comidas
congeladas, pessoas nas academias malhando, e etc.
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