quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Trabalho completo: Pirâmide Alimentar

INTRODUÇÃO

            Ao longo da história, sempre existiram civilizações e seus padrões de estética e saúde. Com o passar dos anos, percebe-se uma propagação de mentalidades muito ligadas ao bem estar pessoal e saúde física das populações mundo a fora, que sofrem com males decorrentes de seus hábitos e comportamentos diários. O que ingerem durante o dia, se praticam esportes ou não, se vivem sob constante pressão são alguns dos elementos estudados pelas ciências biológicas (medicina, biologia, química), que a cada dia vêm buscando novas respostas e soluções para vários problemas mundiais.
            Foi pensando em orientar as pessoas para que tivessem uma alimentação saudável e balanceada, que, em 1992, foi criada a pirâmide alimentar por um grupo de cientistas norte-americanos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) como uma forma rápida e fácil de estabelecer uma alimentação apropriada unida a frequentes exercícios físicos.
            A partir do que foi exposto acima, desta dissertação irá expor o que vem a ser uma pirâmide alimentar, como é dividida, quais são as principais características de cada um dos grupos e etc.

DESENVOLVIMENTO

            Antes de iniciarmos com os tipos de pirâmides e suas histórias, precisamos conhecer os critérios de divisão e as principais características dos grupos alimentares.
            Um alimento pode ser conter em sua composição várias substâncias, sejam elas inorgânicas, encontradas dentro e fora dos seres vivos, ou orgânicas, moléculas exclusivas dos seres vivos. E assimos andares da pirâmide alimentar são determinados: de acordo com a função do principal componente do alimento e com a porção diária sugerida para cada um deles. Existem ao todo 8 grupos: Cereais, Hortaliças, Frutas, Leguminosas,Leites, Carnes e Ovos, Açúcares e Óleos.
            Os Cereais são alimentos ricos em carboidratos, como arroz, milho, trigo, aveia, pães, macarrão, farinhas, tubérculos e raízes (batata, mandioca, inhame), etc.. Esses alimentos são considerados a principal fonte de energia para o organismo e por isso devem ser consumidos em maior quantidade (5 a 9 porções por dia).
            As hortaliças são os vegetais folhosos e legumes, alimentos de fácil acesso à população, ricos em minerais, vitaminas e fibras - nutrientes com funções reguladoras e indispensáveis ao organismo. Encontra-se no 2º nível da pirâmide (juntamente com o Grupo das Frutas), significando que devem ser consumidos em maior quantidade (4 a 5 porções por dia).
            As frutas são alimentos reguladores, ricos em fibras, vitaminas e minerais, e de fácil acesso à população. Devem ser consumidas 3 a 5 porções de frutas diariamente e cada porção fornece cerca de 70 calorias, equivalendo a 1 laranja ou 1 maçã ou 1 banana, etc.
            As leguminosas (feijões e outros grão, como a soja e a lentilha) são responsáveis por uma importante contribuição no fornecimento de proteínas à população brasileira. A combinação entre cereais e leguminosas, nosso “arroz com feijão” de todos os dias, oferece uma proteína de alto valor biológico, ou seja, completa (contendo todos os aminoácidos essenciais).
            Já os leites e derivados alimentos com funções plásticas (estruturais, como formação de tecidos e proteínas), ricos em proteínas, de fonte animal (leites e carnes) e vegetal (leguminosas). Além de proteínas, o leite fornece cálcio, magnésio e vitaminas do complexo B, merecendo especial atenção na dieta, principalmente das crianças e gestantes.
            O grupo das carnes e ovos é composto por alimentos ricos em proteínas de fonte animal, além de ferro, zinco, vitaminas. Também são alimentos que contêm grande quantidade de gorduras saturadas e colesterol, o que restringe o seu consumo a 1 ou 2 porções por dia. 
            Chegando ao topo da pirâmide alimentar tradicional temos o Grupo dos Óleos e Gorduras que é composto por alimentos muito calóricos, que devem ser consumidos com moderação (1 a 2 porções diariamente). 
Dividindo o topo com os óleos e gorduras, temos o Grupo dos Açúcares e Doces, alimentos que devem ser consumidos com moderação (1 a 2 porções de cada grupo, diariamente), já que são ricos em energia (muito calóricos). 
Agora que já sabemos os grupos que compõem pirâmides, vamos de fato estudá-la.
Os primeiros guias alimentares surgiram na década de 70 e, desde lá, surgem novos esquemas que organizam e distribuem os alimentos e suas porções diárias de acordo com as necessidades de cada sociedade e com as inovações científicas do ramo. A pirâmide alimentar surgiu com esse intuito e ao longo dos anos foi aperfeiçoada, uma vez que a quantidade de calorias e nutrientes pode variar entre populações, respeitando sempre seus hábitos, culturas e disponibilidade de alimentos.
            O primeiro tipo delas é a Pirâmide Alimentar Norte-Americana (1992). Inicialmente, contava com apenas 6 grandes grupos, repartidos em 4 degraus.  Assim, se incentivava o largo consumo de carboidratos variados, e se restringia a ingestão de alimentos ricos em gorduras. Porém, os nutricionistas já sabiam há muito tempo que alguns tipos de gordura são essenciais para a saúde e podem diminuir o risco de doenças cardiovasculares. Além disso, os cientistas encontraram poucas provas de que o maior consumo de carboidratos é benéfico. Logo esta pirâmide entrou em desuso e houve a formulação de outras baseada nesta primeira, porém muitos mais detalhadas e complexas.
A pirâmide norte-americana propunha a ingestão de: na base, carboidratos dos mais variados tipos (6-11 porções diárias), legumes e verduras (3-5 porções), frutas (2-4 porções), leites e derivados (2-3 porções), carnes, ovos e leguminosas (2-3 porções) e por fim, no topo, consumo moderado de óleos, gorduras e doces.
O segundo tipo de pirâmide é a Pirâmide Funcional, que apresenta uma grande diferença das suas anteriores: a adoção de práticas de exercícios e controle do peso como base e ponto primordial para uma vida saudável e mudanças quanto aos cereais refinados, que encontravam-se na base da pirâmide passam a estar no topo, prevalecendo a importância das fibras e outros nutrientes dos alimentos integrais; e à carne vermelha e a manteiga estão também a fazer parte do topo da pirâmide, devido à sua composição rica em gordura saturada. Mudanças essas que faz com que, até o momento, nenhum órgão público de saúde brasileiro tenha recomendado este tipo de pirâmide. A divisão de cada alimento e suas porções ficaram da seguinte forma:

Na base, exercícios diários e controle de peso.           Seguindo-os temos alimentos integrais, ricos em fibras, que devem ser consumidos na maioria das refeições, e óleos vegetais, ricos em gorduras insaturadas. Vegetais em abundância e frutas 2 a 3 vezes por dia são a próxima etapa. No 4º degrau, temos as oleaginosas e leguminosas, que são alimentos ricos em vitaminas, minerais e proteínas. No próximo andar estão as carnes brancas e ovos, que são alimentos de alto valor biológico por possuírem aminoácidos essenciais. No 6º degrau, temos a sugestão de suplementação de cálcio, já que não é muito recomendado o consumo de laticínios, por sua composição rica em gordura saturada. E no topo da pirâmide temos manteigas e carnes vermelhas, por seu alto índice de gorduras saturadas e ao lado, cereais refinados, umas vez que os criadores consideraram fibras e alimentos integrais mais importantes dentro da dada alimentação.
Outro tipo de pirâmide é a Pirâmide de Harvard, desenvolvida em 2005 pelo Departamento de nutrição da universidade de Harvard, e sua principal diferença das outras é que as gorduras ganham destaque, porém, as gorduras boas, provenientes de óleos vegetais e carnes de peixe, ainda que apresente os exercícios como base indispensável para uma boa saúde.
Na base, temos a prática de exercícios físicos diários e controle do peso. No 2º andar, os carboidratos integrais e óleos vegetais (azeite de oliva, óleo de girassol e linhaça). No 3º, encontram-se vegetais e frutas. Já no
4º andar, estão asleguminosas e oleaginosas (castanhas, amendoim, feijão, ervilha e grão-de-bico). No 5º degrau, encontram-se carne branca (peixe, frango) e ovos. Enquanto no 6º andar temos laticínios (leite e derivados) ou suplementos de cálcio, temos no 7º e último andar as carnes vermelhas, gorduras animais, carboidratos (arroz branco, pão branco, macarrão) e doces.
Assim, como se pode perceber, existem inúmeros tipos de pirâmides alimentares pelo mundo, cada uma mais adaptada a sua determinada população. Por isso, em 1999, apesquisadora Sonia TucunduvaPhilippi, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo) criou a pirâmide alimentar brasileira, e em 2013, esta foi aperfeiçoada e complementada com outros alimentos para melhor se enquadrar com as dietas e os hábitos culturais brasileiros, contando com a redução do valor energético diário para 2.000 Kcal e o fracionamento da dieta diária em seis porções.
Assim ficou dividida a pirâmide alimentar brasileira:
Nos carboidratos destacam-se a presença arroz, pão, batata, mandioca emassas, quando possíveis, integrais. No andar seguinte temos frutas e legumes regionais, o que facilita o acesso ao determinado alimento. Já no 4º andar, temos leites e derivados, carnes e ovos, e os feijões e oleaginosas com destaque para os alimentos que possuam um menor índice de gorduras saturadas. Por fim, no topo, temos as gorduras e óleos, reduzidos para apenas uma porção por dia.




CONCLUSÃO


Após a pesquisa e reflexão sobre o tema proposto nesta dissertação, o grupo pode perceber o quão complexo é nosso sistema digestório e tudo o que acontece quando nosso corpo está bem alimentado e saudável. Ainda que existam divergências quanto qual é a melhor pirâmide alimentar por parte dos cientistas, nós, a população civil, devemos nos policiar para que esta crescente mentalidade saudável possa se instalar dentro da sociedade e que assim possamos viver em um futuro diferente do atual, com muitos circuitos para caminhadas pela cidade; gente comprando cada vez mais frutas em vez de comidas congeladas, pessoas nas academias malhando, e etc.

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